Downton Abbey: uma série viciante


Em 2016, durante praticamente um mês vi episódios atrás de episódios desta série e só descansei quando cheguei ao último da 6ª temporada! Parecia que estava agarrada a uma novela 🙂
Mas na verdade, esta série é bem mais do que puro entretenimento, pois aprendi bastante sobre o período em que ela se passa, entre 1912 e 1925, no Reino Unido.
Downton Abbey é a sumptuosa casa da família Crawley em Yorkshire, onde vivem confortavelmente e com um acervo de criados ao seu serviço que impressionaria até os multimilionários dos dias de hoje!
A história começa quando a família recebe a trágica notícia do naufrágio do Titanic, no qual morre o herdeiro de Downton Abbey. Todos ficam perturbados, pois segundo as leis, o herdeiro legítimo passa a ser um parente afastado praticamente desconhecido por eles.

Acontecimentos históricos

Como esta é uma série histórica, alguns acontecimentos não ficcionais estão presentes no enredo:
  1. O naufrágio do Titanic;
  2. A primeira guerra mundial;
  3. O movimento feminista das sufragistas, e a sua luta pelo direito ao voto;
  4. A gripe espanhola (pandemia do vírus influenza) de 1918;
  5. A decadência da aristocracia;
  6. O surgimento de inovações tecnológicas como a eletricidade, a torradeira, o aspirador e o telefone, e as alterações que estas trouxeram às rotinas;
  7. A expansão das vias férreas.

Os temas da série

Downton Abbey reflete de uma forma realista os dramas da época. Desde os confrontos caseiros até aos grandes acontecimentos mundiais,  com voltas e reviravoltas para as quais não estamos preparados. Temas como a homofobia, as dificuldades que haviam na época em se obter o divórcio, as aparências sociais, os escrúpulos religiosos da família britânica, ou a luta pela justiça, são bem explorados e conferem muita emoção à série!
Highclere Castle usado nas filmagens como Downton Abbey

Os personagens principais de Downton Abbey

Conde Robert Crawley

O patriarca da família que gere inicialmente Downton Abbey. Apesar de Robert se esforçar sempre por manter as boas aparências da sua família, também tem os seus defeitos e pequenos deslizes. Apesar disso é humano e carinhoso com a família, e respeita os criados da sua casa, desde que estes sejam honestos e fiéis aos Crawley.

Condessa Cora Crawley

Esposa de Robert é também atenciosa com a família. Cora acaba por encobrir alguns possíveis escândalos, não só para manter as boas aparências, mas também por amor.

Lady Mary Crawley

A filha mais velha dos Condes. Apesar de, na maioria das vezes agir corretamente, o facto de ser a filha predileta de Cora torna-a a mais mimada e invejosa em relação à sua irmã Edith. Certas atitudes de Mary não me agradaram nada. Não é uma personagem com que me identifico.

Lady Edith Crawley

A mais sofrida das 3 irmãs. Edith vai passar por vários dilemas e desafios ao longo da série, sempre limitada pelas convenções sociais.
Lady Sybil Crawley
A irmã mais nova e mais revolucionária na família. Ultrapassa as barreiras sociais, e ainda toma um papel ativo durante a primeira guerra mundial como enfermeira. Tem o maior coração da família.

Matthew Crawley

É o parente afastado que passa a ser o herdeiro da propriedade. No início a sua aceitação na família é difícil, mas depois todos acabam por adorar Matthew.

Isobel Crawley

Mãe de Matthew, um pouco rebelde no seu temperamento, mas bem aceite na família. Tem as suas quezílias com a matriarca da família, Violet Crawley, mas com o tempo estas vão-se atenuando.

Violet Crawley

Mãe de Robert, e avó das 3 jovens Mary, Edith e Sybil. A minha personagem favorita, interpretada pela fantástica atriz Maggie Smith!
Violet faz muitas intervenções acutilantes, e pouca coisa escapa ao seu olhar atento.  Dá sempre os seus conselhos mais “sensatos”, e é praticamente impossível ignorar a sua opinião.

Os criados da casa

Os criados têm também o seu papel importante na série, com as suas próprias intrigas e dramas pessoais. Eles dialogam com a família e servem-na, na sua maioria, com empenho, dedicação e orgulho.
Quase todos eles me tocaram de alguma forma. Os meus preferidos foram Charles Carson, John Bates e Anna Smith. Chorei litros com estes dois últimos!!!

Créditos das imagens:

Imagem de destaque – Lafiguradelpadre Congreso licenciada pela Creative Commons
Imagem do Highclere Castle – Bas Sijpkes licenciada pela Creative Commons

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