Dona Flor e seus dois maridos de Jorge Amado


Dona Flor, uma mulher brasileira com excelentes dotes de cozinha (que tem a sua própria escola de culinária Sabor e Arte), é casada com Vadinho, um homem com não tão excelentes dotes de marido dedicado.
Logo ao início do romance, Vadinho cai morto em pleno Carnaval, vestido de baiana. O seu funeral é assistido por muita gente, e é neste período de luto que vamos conhecer a personalidade safada de Vadinho, através das memórias de Dona Flor e de conhecidos:
Vadinho era então um jogador compulsivo, sempre em farras noturnas e com muita lábia. Ele não tinha propriamente uma atitude muito respeitosa para com a sua mulher Dona Flor, pegando em dinheiro da escola de cozinha quando precisava, e passando várias noites fora de casa, quiçá também rodeando outras mulheres. Vadinho nem sempre pagava as suas dívidas aos amigos, mas o seu “charme” de malandro conquistava quase todos.
Mesmo muito tempo depois da sua morte, Dona Flor não consegue esquecer o seu defunto marido. Mas como o título do livro deixa adivinhar, chega um dia em que Flor refaz a sua vida e volta a casar, desta vez com um homem que é o oposto de Vadinho; o seu novo marido é extremamente fiel, respeitoso e atencioso com Flor, e cheio de regras que trazem paz ao lar. Ele é a antítese de Vadinho.
Este livro de Jorge Amado, assim como outros, deu até uma novela da globo, por isso a sua história deve trazer memórias a muitos de nós, leitores. Mas não gostei particularmente deste livro, pois a personagem de Flor não é de todo das minhas favoritas. Na verdade incomodou-me bastante durante todo o livro a adoração de Flor por Vadinho, o que demonstra que esta não é definitivamente uma mulher de carácter forte.
Editora: Colecção Mil Folhas
Páginas: 580
ISBN: 84-932645-0-4

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